Texto Áureo: “E a vida eterna é esta: que conheçam a ti só por único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo, a quem enviaste.” (Jo 17.3)
Leitura
Bíblica em Classe: João 17.1-3,11-17
Introdução: Jesus ora pelos seus. Aqui se observa Jesus orar
antecedendo o que aconteceria com Ele até o Calvário. Nessa maravilhosa oração,
há um tom de fé expectante, de firma confiança, como se ele soubesse que estava
pedindo o que estava no coração e no pensamento do seu Pai. O Senhor fala como
se já estivesse passado pela morte e estivesse fazendo sua súplica perante o
trono de Deus. Ele está contente pela autoridade que possui só porque por ela
pode conceder vida.
Jesus Ora
Pelos Seus – Uma Oração Antes da Cruz
Pouco
antes de sua prisão, Jesus levanta os olhos ao céu e ora. Ele sabe que está
prestes a ser traído, julgado e crucificado, mas em vez de se concentrar em sua
dor, Ele intercede pelos seus discípulos. Essa oração não é marcada por
desespero, mas por fé, firmeza e profunda confiança no Pai.
2. Fé
expectante e confiança absoluta
Jesus
ora como quem sabe que está sendo ouvido:
“Pai,
é chegada a hora...” (João 17.1)
Ele
não está implorando como alguém inseguro. Há um tom de certeza em suas
palavras. Sua oração reflete o coração do Filho perfeitamente alinhado com o
Pai. Ele não apenas crê que será ouvido — Ele sabe.
Isso
nos ensina que a oração mais eficaz é aquela que nasce da intimidade com Deus,
e não da ansiedade.
3. Ele fala
como quem já venceu
“Eu
te glorifiquei na terra, completando a obra que me deste para fazer.” (v.4)
Mesmo
antes da cruz, Jesus fala como se a missão já estivesse cumprida. Ele olha com
os olhos da fé para além do sofrimento, enxergando a vitória e a glória que
aguardam após a cruz. Isso mostra sua certeza no plano do Pai.
Como
seria nossa oração se orássemos não a partir do medo do que virá, mas da
certeza da fidelidade de Deus?
4. Autoridade
usada para dar vida
“Deste-lhe
autoridade sobre toda carne, para que conceda a vida eterna...”
Jesus
se alegra com a autoridade que recebeu, não para dominar, mas para dar. Essa é
a marca de seu reinado: autoridade exercida em favor dos outros, não para
benefício próprio.
"Ele
está contente pela autoridade que possui só porque por ela pode conceder
vida."
A
glória de Cristo está no fato de que, por meio dele, os homens e mulheres têm
acesso à vida eterna.
5. Ele ora por
seus discípulos, não pelo mundo
“Eu
rogo por eles; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste...” (v.9)
Jesus
intercede especificamente pelos seus — os que o Pai lhe confiou. Ele os guarda,
os prepara e os entrega novamente ao Pai, como um testamento espiritual. O
mundo não é ignorado, mas a estratégia de salvação passa pelos discípulos. Eles
são o canal, os mensageiros do evangelho. Essa oração nos revela o coração
pastoral de Jesus: seguro, obediente, confiante, cheio de amor. Ele ora como
quem já venceu como quem já deu vida, como quem sabe que está no centro da
vontade do Pai.
1. OS PEDIDOS
DE JESUS SÃO CRUCIAIS PARA A VIDA E MISSÃO DOS SEUS SEGUIDORES.
João 17.1 -
Jesus falou essas coisas e, levantando os olhos ao céu, disse: Pai, é chegada a hora; glorifica a teu Filho, para
que também 0 teu Filho te glorifique a ti, João 17.2 - assim como lhe deste poder sobre toda carne, para
que dê a vida eterna a todos quantos lhe deste. João 17.3 - E a vida eterna é esta: que conheçam a ti só
por único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo, a quem enviaste.
Essa
visão nos remete à grandiosidade da Oração Sacerdotal de Jesus, que
revela não apenas a profundidade de sua relação com o Pai, mas também a
segurança e a confiança que Ele tinha no plano divino. Jesus ora com uma fé
sólida e uma confiança inabalável, pois sabia que estava em perfeita harmonia
com a vontade do Pai. Ele, como Filho, comunica-se com o Pai como se o
desenrolar da história de Redenção já estivesse completo.
Pontos
principais dessa confiança e fé expectante:
A
Autoridade para Dar Vida Eterna
Jesus
reconhece que a autoridade que possui foi dada pelo Pai para que concedesse
vida eterna a todos os que o Pai lhe confiasse (João 17:2). Ele não usa essa
autoridade para exaltação pessoal, mas celebra o propósito maior: salvar e
trazer os escolhidos à comunhão eternamente com Deus.
A Obra
Completa Antes mesmo da Cruz
No
versículo 4, Jesus diz: "Eu te glorifiquei na terra, completando a
obra que me deste para fazer." Aqui, Ele fala com a certeza de que a
sua missão será cumprida, ainda que a cruz esteja por vir. Ele vê a sua entrega
na cruz como algo tão certo que já a apresenta como uma obra realizada. Isso
reflete Sua fé expectante no triunfo divino sobre o pecado e a morte.
A Plena União
com o Pai
Jesus
ora em um tom que revela sua perfeita união com Deus. Ele não apenas suplica,
mas declara verdades eternas, como se estivesse já no trono da glória. Sua
alegria e contentamento derivam dessa confiança na soberania do Pai e na
certeza de que todas as coisas estão sob controle.
A Missão de
Conceder Vida
Jesus
vê sua missão como o ponto central do plano do Pai: conceder vida eterna. Ele
se alegra pelo fato de que sua autoridade, concedida pelo Pai, conduz à
restauração do relacionamento quebrado entre Deus e os homens.
A Glória
Compartilhada
No
versículo 5, Jesus declara: "E agora, Pai, glorifica-me contigo com a
glória que eu tinha contigo antes que o mundo existisse." Ele
demonstra a certeza de que, após seu sacrifício, retornaria à presença gloriosa
do Pai, reassumindo seu lugar como o Verbo eterno.
Essa
oração não é apenas uma súplica, mas uma afirmação de fé e submissão total ao
Pai. É como se Jesus transcendesse o tempo, sentindo já o efeito da obra redentora
consumada. Isso nos ensina que, mesmo em meio às adversidades, podemos confiar
na soberania divina com a mesma certeza e segurança, sabendo que o plano de
Deus é perfeito e infalível.
A
confiança de Jesus nesta oração nos encoraja a orar com fé, cientes de que,
quando oramos segundo a vontade de Deus, estamos alinhados aos propósitos
eternos do Pai.
2. O MUNDO NO
SENTIDO NEGATIVO É O SISTEMA DE VALORES QUE
SE OPÕE A DEUS
João 17.11
- E eu já não estou mais no mundo; mas
eles estão no mundo, e eu vou para ti. Pai santo, guarda em teu nome aqueles
que me deste, para que sejam um, assim como nós.João 17.12 - Estando eu com eles no mundo, guardava-os em
teu nome. Tenho guardado aqueles que tu me deste, e nenhum deles se perdeu,
senão 0 filho da perdição, para que a Escritura se cumprisse.
A passagem de 1
João 2:16 oferece uma definição concisa e poderosa do que o apóstolo João chama
de "mundo" no sentido negativo, ou seja, o sistema de valores e
desejos que se opõe a Deus:
"a concupiscência da
carne": Refere-se aos desejos pecaminosos que
vêm da nossa natureza humana decaída. São os apetites desordenados, os prazeres
ilícitos, a busca desenfreada por gratificação física e sensorial.
"a concupiscência dos
olhos": Relaciona-se ao desejo por aquilo que
vemos e cobiçamos. Isso pode incluir a inveja, a busca por bens materiais, a
ostentação, a valorização excessiva da aparência e tudo que nos seduz pelo que
é visível e passageiro.
"a soberba da vida": Diz respeito ao orgulho, à arrogância, à auto-suficiência
e à busca por status, poder e reconhecimento humano. É a glória que vem de si
mesmo, e não de Deus.
João conclui
categoricamente: "Tudo
que há no mundo...não procede do Pai." Isso
significa que esses elementos não têm sua origem em Deus; eles são avessos à
Sua natureza santa e amorosa.
"Tudo o que não emana do
Pai..."
"Tudo o que
não emana do Pai, e que é inconsistente com o perfeito amor, a pureza e a
verdade, é do mundo."
Essa frase capta a
essência da distinção. Se algo não tem sua fonte em Deus — que é amor, pureza e
verdade supremos — então pertencem ao sistema de valores e princípios "do
mundo". É uma lente excelente para avaliar nossos próprios desejos,
motivações e as influências ao nosso redor.
"No Mundo, mas Não do
Mundo"
Com essa
compreensão de "mundo", a exortação de estar "no mundo, mas não
do mundo" ganha ainda mais força e clareza. Significa que, embora vivamos
fisicamente neste planeta, interagindo com suas estruturas sociais, econômicas
e culturais, não devemos ser moldados ou dominados pelos valores e desejos que
se opõem a Deus.
É um chamado para vivermos:
Com propósito
divino, não com desejos egoístas.
Com pureza de
coração, em vez de sermos seduzidos pelas aparências.
Com humildade, em
vez de buscar a glória pessoal.
Em resumo, é um
convite a viver uma vida que reflete o caráter do Pai, mesmo em meio a um
sistema que não O conhece.
3. DA TRISTEZA
DA PERDA E A ALEGRIA DA VITÓRIA DO SENHOR JESUS CRISTO.
João
17.13 -
Mas, agora, vou para ti e digo isto no mundo, para que tenham a minha alegria completa em si mesmos. João
17.14 - Dei-lhes a tua palavra, e 0 mundo os odiou, porque não são do mundo,
assim como eu não sou do mundo. João 17.15 -
Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal. João
17.16 -
Não são do mundo, como
eu do mundo não sou. João 17.17
- Santifica-os na verdade; a tua palavra
é a verdade.
Inicialmente, a
iminente morte de Jesus era um assunto difícil e perturbador. Eles não
conseguiam compreender totalmente o propósito da Sua partida, e as palavras de
Jesus sobre Seu sofrimento e morte geravam tristeza e confusão. Para eles,
significava a perda do Mestre, o fim de suas esperanças.
A ressurreição
mudaria tudo. É o ponto de virada que transforma a perspectiva dos discípulos
e, por extensão, de todos os crentes.
O Triunfo que Gera Alegria
Completa
A ressurreição de
Jesus é a prova irrefutável de que Ele:
Derrotou a Morte: A morte, o último inimigo, foi vencida. Isso significou
que a separação não era eterna e que a esperança da vida além-túmulo era real.
Derrotou Satanás: O poder do pecado e da escuridão, personificado em
Satanás, foi quebrado. A ressurreição validou a vitória de Jesus sobre todo o
mal.
Trouxe a Vida Eterna: Mais do que uma simples superação da morte, a
ressurreição de Jesus abriu o caminho para a vida eterna para todos os que
creem. A promessa de comunhão perpétua com Deus e a esperança de um futuro
glorioso tornam a alegria dos discípulos verdadeiramente "completa".
Essa compreensão e
a experiência do Cristo ressuscitado não só removeram a tristeza e o medo, mas
também os encheram de um gozo inabalável, capacitando-os a testemunhar com
poder.
Os valores
cristãos, fundamentados no amor, na pureza, na verdade, na humildade, no
serviço e na busca por um propósito eterno, contrastam radicalmente com os
valores predominantes no "mundo" — que busca prazer imediato, poder,
riquezas, reconhecimento e gratificação egoísta.
Essa diferença não
é passiva. Quando os cristãos vivem de acordo com seus valores, eles
automaticamente expõem a futilidade e o vazio dos valores mundanos. Não é
preciso uma pregação explícita; o próprio estilo de vida, as escolhas, as
prioridades e a alegria encontrados em Cristo se tornam um testemunho
silencioso, mas contundente, de que "os valores do mundo não têm valor
nenhum" em comparação.
"Acusações Vivas à
Imoralidade do Mundo"
Ao se recusarem a
"cooperar com o mundo, unindo-se ao pecado", os cristãos se tornam um
padrão moral alternativo. Sua integridade, sua recusa em participar de práticas
corruptas ou imorais, sua defesa da justiça e da verdade, tudo isso serve como
um espelho que reflete a escuridão e a imoralidade do mundo. Isso,
naturalmente, gera desconforto e hostilidade, pois ninguém gosta de ter suas
falhas expostas.
A Origem da Hostilidade: Satanás
Por fim, aqui se
aponta para a raiz espiritual dessa inimizade: "O mundo segue a
programação de Satanás, e Satanás é o inimigo declarado de Jesus e do seu
povo." Essa é a verdade mais profunda. O "mundo", no sentido
bíblico que temos discutido (o sistema de valores e desejos que se opõe a
Deus), está sob a influência do inimigo espiritual. Satanás, como o
"príncipe deste mundo" (João 12:31; 14:30), opera para cegar as
mentes e manter as pessoas afastadas de Deus.
Consequentemente, o
ódio do mundo aos cristãos não é apenas uma questão sociológica ou psicológica;
é uma manifestação da batalha espiritual em curso entre o Reino de Deus e as
forças das trevas. Os cristãos, por serem seguidores de Jesus, são vistos como
inimigos por aqueles que servem ao inimigo de Cristo.
Essa compreensão
não apenas explica a oposição, mas também reforça a necessidade de os cristãos
permanecerem firmes em sua fé e valores, sabendo que sua luta não é apenas
contra a carne e o sangue, mas contra principados e potestades espirituais.
Proteção no Mundo, Não do Mundo
Jesus não pediu
para que Seus discípulos fossem removidos do mundo. Essa seria uma solução
fácil, mas que anularia completamente o propósito para o qual eles foram
chamados. Ele orou para que fossem livres do mal, ou seja, protegidos da
influência e do poder do diabo, mesmo estando inseridos em um ambiente hostil.
Essa proteção não
significa ausência de dificuldades ou perseguições, como você bem mencionou.
Pelo contrário, significa que, mesmo diante de "circunstâncias
difíceis", eles não seriam "presas fáceis do diabo". Isso
envolve:
Preservação Espiritual: Que não fossem corrompidos pelos valores do mundo ou
seduzidos pelo pecado.
Fortalecimento: Que tivessem a força e a sabedoria divina para resistir
às tentações e aos ataques do inimigo.
Perseverança: Que, apesar do ódio e da perseguição, permanecessem
firmes na fé e na sua vocação.
Testemunhas de Cristo no Mundo
"A única
maneira de os crentes serem testemunhas para o mundo é serem testemunhas de
Cristo no mundo."
A presença dos
cristãos no mundo, com seus valores transformados, sua fé inabalável e seu amor
demonstrado, é a forma mais poderosa de testemunho. É por meio de suas vidas,
moldadas pelos princípios de Cristo, que o mundo pode ver a realidade do
Evangelho. Se os cristãos estivessem isolados, o propósito de "ir e fazer
discípulos de todas as nações" (Mateus 28:19) seria impossível.
Assim, a oração de
Jesus revela não apenas Seu amor protetor, mas também Sua visão estratégica
para a expansão do Reino de Deus através de Seus seguidores.
Faz sentido para
você que essa proteção de Jesus não isenta de dificuldades, mas capacita para
enfrentá-las?
Confiança na Proteção Divina e a
Missão
Precisamos levar a
mensagem confiando na proteção de Deus essa, é a essência da fé prática. Não se
trata de uma ausência de desafios, mas da certeza de que, ao cumprirmos a
missão, não estamos sozinhos. Essa confiança nos liberta do medo e nos capacita
a agir, mesmo em ambientes hostis, sabendo que Deus é quem nos guarda e
capacita.
Jesus: No Mundo, Mas Não do Mundo
Aqui se destaca que
Jesus não fazia parte do sistema do mundo liderado por Satanás. Essa é uma
verdade crucial. As tentações no deserto (Mateus 4:1-11; Lucas 4:1-13) foram,
em grande parte, uma tentativa de Satanás de fazer Jesus ceder e alinhar-Se ao
seu sistema de poder e glória mundana. A recusa categórica de Jesus em fazer
isso estabeleceu o padrão para Seus seguidores. Ele viveu na Terra, interagiu
com pessoas de todas as esferas, mas Seus valores, Sua missão e Sua identidade
eram inteiramente do Pai, e não do mundo.
Crentes: Não do Mundo Porque
"Nascidos de Novo"
E aqui está a
conexão vital: os crentes também não são parte do mundo, porque nasceram de
novo. O "novo nascimento" (João 3:3-7) é a experiência transformadora
que muda nossa filiação. Antes, éramos espiritualmente mortos e seguíamos os
caminhos do mundo. Agora, ao nascermos do Espírito, recebemos uma nova
natureza, novos valores e uma nova identidade em Cristo.
Essa nova vida nos
alinha com os valores de Jesus e nos desalinha do sistema de Satanás. Não
significa que estamos imunes às tentações ou que não enfrentaremos pressões do
mundo, mas sim que a nossa raiz, a nossa fonte de vida e o nosso propósito já
não vêm dele. Somos cidadãos do Reino dos Céus, mesmo vivendo como embaixadores
na Terra.
A Palavra de Deus como Agente de
Pureza e Santidade
Essa interpretação
foca na natureza intrínseca da Palavra de Deus como um poder purificador.
Quando Jesus diz "a tua palavra é a verdade", Ele está afirmando que
a Palavra de Deus é a verdade última, imutável e sem falhas. Viver de acordo
com essa Palavra, internalizá-la e permitir que ela guie a vida, naturalmente
leva à santificação. É o processo de separar-se do mundo e dedicar-se a Deus,
transformando o caráter para refletir a pureza e a santidade divinas. A Palavra
atua como um espelho que revela nossas imperfeições e como um guia que nos
direciona para a retidão.
A Verdade do Amor Salvador de
Deus e a Obra em Nós
Esta interpretação
enfatiza a verdade central do Evangelho: o amor salvador de Deus revelado em
Jesus Cristo. A compreensão e aceitação dessa verdade fundamental – que Deus
nos amou tanto que deu Seu Filho para nos salvar – é o ponto de partida para a
obra de Deus em nós. É essa verdade que justifica (nos torna justos diante de
Deus) e, a partir daí, inicia o processo contínuo de santificação. O amor de
Deus, percebido pela fé, motiva-nos a viver de forma que O agrade, operando uma
transformação interna que nos torna mais semelhantes a Cristo.
O Processo de Transmissão da
Verdade e seu Efeito Purificador
Aqui, o foco recai
sobre a dinâmica da proclamação e ensino da Palavra de Deus. Os discípulos
seriam santificados não apenas por conhecerem a verdade, mas ao serem
instrumentos na sua transmissão. A pregação e o ensino da Palavra de Deus,
especialmente o Evangelho, têm um efeito purificador tanto para quem a ouve
quanto para quem a proclama. Ao compartilhar a verdade de Deus, os próprios
discípulos seriam fortalecidos, desafiados a viver o que pregavam e, assim,
santificados no processo de se tornarem embaixadores da mensagem divina.
Essas três
interpretações não são mutuamente exclusivas; pelo contrário, elas se
complementam, oferecendo uma compreensão rica e abrangente do que Jesus quis
dizer.
A Palavra de Deus
(interpretação 1) é a fonte da verdade. O amor salvador de Deus (interpretação
2) é o conteúdo essencial dessa verdade que nos transforma. E a pregação e o
ensino (interpretação 3) são o processo pelo qual essa verdade se espalha e
continua a santificar vidas, incluindo as dos próprios mensageiros.
A oração de Jesus,
então, revela o desejo do Pai de que Seus seguidores sejam separados para Ele e
aperfeiçoados pela Sua verdade, seja pela sua natureza, pelo seu conteúdo
essencial ou pelo seu poder de transmissão.
Pastor Adilson Guilhermel